Desastre ambiental pode prejudicar reprodução de peixes em Três Lagoas-MS
Centenas de pequenos peixes das espécies lambaris e alevinos de tilápias estão morrendo na Lagoa Maior, principal cartão postal de Três Lagoas, provavelmente por falta de oxigenação da água. Isto, porque estão sendo represados no córrego de o das outras lagoas. Quem a pelo local, facilmente, percebe o grande volume de peixes e alevinos mortos e outros agonizantes.
O promotor de Meio Ambiente Antônio Carlos Garcia de Oliveira foi comunicado pela reportagem do Perfil News e afirmou que vai tomar providências, primeiramente, verificando in loco o problema e depois buscando solução. Olievira disse ainda que vai acionar o Imasul e a Polícia Militar Ambiental para providências.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Em 2011, foi realizado o 1° Fórum da Lagoa Maior, realizado pela Prefeitura Municipal em conjunto com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) com objetivo de nortear ações de manejo e preservação ambiental a serem adotadas na importante Unidade de Conservação (UC).
Na época, o setor de comunicação da Prefeitura informava que “a apresentação dos estudos esteve a cargo da professora e doutora Maria José de Alencar Vilela. Ela integra a equipe formada pelos professores e doutores da UFMS, André Luiz Pinto, José Luiz Lorenz Silva, Maria Elisa Rebustini, Maria José Neto e Odanir Garcia Guerra.
“O estudo que estamos apresentando é para subsidiar o plano de manejo e a definição de ações que deverão não ser feitas nessa área ambiental”, observou a professora Maria José. Segundo ela, “a principal questão é como conciliar a preservação ambiental nessas áreas de ocupação humana. Por isso, a necessidade de um estudo participativo das principais questões”. No diagnóstico ambiental da Lagoa Maior, foram avaliados o meio antrópico, o meio físico e o meio biótico. Para cada um desses itens, foram apresentados os respectivos trabalhos dos professores da UFMS, referentes a cada área.
Na questão do meio antrópico, foi avaliada a infraestrutura, construções e a ocupação da Lagoa Maior, ao longo da história, “palco de lazer, prática de esportes e até área de banho e pesca”. No aspecto do meio físico, foram avaliadas as questões dos recursos hídricos, fluxo de drenagem das águas da bacia do Córrego da Onça e as caixas de Contenção recentemente implantadas, entre outras questões.
ESPÉCIES
E no aspecto do meio biótico, os estudos da equipe da UFMS avaliaram os parâmetros da qualidade da água, qualidade microbiológica das águas, sedimentos lacustres, vegetação aquática e terrestre, a composição faunística, tipos de peixes e a avifauna.
Quanto à avifauna, o estudo de dois alunos da UFMS constatou a existência de 76 espécies de aves na Lagoa Maior. Dessas, 16 são residentes e 57 visitantes.
O estudo também apresentou os principais cuidados que deveriam ser tomados e propostas de ações ambientais. Entre elas, a necessidade de drenagem especial das ruas do entorno da Lagoa, as caixas de contenção, o monitoramento constante da qualidade da água, a proteção e gestão da área da Lagoa, o controle das macrofitas aquáticas e da vegetação do entorno.
No entanto, até o momento desastres ambientais como esse continuam acontecendo, preocupando os três-lagoenses.